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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Cacique MB'ororé


Esculturas são Símbolos!
Com alegria posto aqui as fotos da escultura/símbolo que fiz para o músico Gaúcho e Missioneiro Mano Lima.

Representando o Cacique M'Bororé o Guardião dos grandes Tesouros.  

M'Bororé foi uma figura lendária da nossa tradição. Personagem forte da raça Charrua(e não guarany como pensam alguns). 
Vivia solto pelos matos com sua gente, praos lados de São Borja(e segundo o Mano Lima nas terras onde hoje ele vive...) no período da Guerra Guaranítica onde dizimaram as Missões. Não participou dela, assim como todos da redução de São Borja...
M'Bororé conhecia bem os jesuítas e os guaranys mas tinha suas reservas com estes últimos, resultado de conflitos antigos desde a Batalha de "Yi"(uma trampa bem armada pelos Portugueses da Colônia do Sacramento, jogando Charruas contra Guaranys).

 Logo postarei pesquisa sobre a triste sina desses guerreiros Charruas nas mãos de Frutuoso Rivera. Uma das maiores traições das Américas, semelhante a sofrida pelos Lanceiros Negros "de Canabarro"...

 
A origem do nome M'Bororé:
M'Bororé é o cacique comentado por Simões Lopes Neto, o rincão cantado por Mano Lima, o afluente do rio Uruguay, a batalha histórica...
O nome ganhou força após a Batalha do M'Bororé, onde os Jesuitas e Guaranys venceram e expulsaram aos Bandeirantes caçadores de escravos(os bandeirantes capturaram mais de cem mil indígenas ao longo de suas excursões).
Batalha corrida durante uma semana inteira de março de 1641 no afluente do rio Uruguay chamado M'Bororé(tá aí a orígem do nome), próximo da Missão de São Francisco Xavier no lado Argentino.



Fiz a escultura com ele firme olhando longe, mão direita fortemente apertada contra o peito como prevendo o destino de seu povo...
Lança charrua (de um corpo e meio de altura)com ponta de pedra, apelo a ancestralidade. 
Três penas*, símbolo do cacique.
Bota garrão de potro e espora de metal(recolhida dos brancos, substituindo com praticidade a sua antiga espora de osso) simbolizando os exímios e temíveis guerreiros cavaleiros que foram.
Chiripá de couro, tipo saia e boleadeira para derrubar gado alçado.
.
Para saber um pouco sobre essa figura lendária chamada M'Bororé ou guardião dos grandes tesouros, favor visitar este site:
http://www.paginadogaucho.com.br/lend/mborore.htm .
 








A escultura foi feita manualmente em concreto armado. Com dois metros de altura e aproximadamente 950kg.







Será colocada na fazenda Santa Cecília do Mano Lima.
Perto de onde está(em outra dimensão) a Casa Branca sem portas e janelas e cheia de tesouros que falou Simões Lopes...
A fazenda já virou um ponto turístico no interior do município. Localidade chamada de Timbaúva(não confundir com a de Bossoroca) em São Borja-Missões-RS.












Ao lado e abaixo, fotos com as etapas da construção e uma vídeo/montagem..









Aqui o vídeo com fundo musical:"Crioulo do M'Bororé" do amigo Mano Lima.
















*Obs: Há briga feia entre historiadores Uruguaios entre o uso ou não das penas pelos Charruas. Abracei a causa dos que concordam comigo na utilização das penas.
Assim como há discussão entre historiadores Franceses que dizem não haver pelos nos Charruas e por consequência sem bigodes e historiadores Uruguaios que  afirmam veementemente que alguns caciques(como Vaimaca Peru)usavam bigodes sim!
Veja aqui o belo trabalho do colega uruguaio Daniel Capretti na reconstrução facial do cacique Vaimaca Perú(que morreu na França como bicho enjaulado): Link e foto ao lado.
 http://www.internet.com.uy/charruas/html/vaimaca_reconstruccion_facial.html


Obs: Sobre a Batalha do M'Bororé, clique aqui:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_M%27Boror%C3%A9
E principalmente aqui:
http://www.historialivre.com/revistahistoriador/quatro/ariannec.pdf

sábado, 2 de novembro de 2013

Seu Júlio e a Praça



 Há os que têm grandes idéias e há os que realizam elas.
 
As cidades Necessitam das Praças! 
Elas diminuem o stress da louca correria diária.
As pessoas precisam delas para lazer, descanso e reflexões...




Foi inaugurada a Praça Júlio Alves Martins, dia 23 de Outubro de 2013 na bela Chapadão do Sul, cerrado do Mato Grosso do Sul.

Não pude estar presente, mas um pouco de mim também estava lá...
Não digo apenas do monumento, entalhes e adornos que fiz, falo da admiração por esta figura única chamada Seu Júlio.


Quem nos dias atuais doaria uma praça para a comunidade??
Não apenas um banco para sentar ou alguns sacos de cimento para ajudar na construção, mas sim uma praça com quase meio quarteirão em área nobre! (Quem conhece a próspera Chapadão do Sul e a valorização dos seus terrenos, sabe do que estou falando...)
                                   
                                       



Exibicionismo! Diria alguns...  

Contando sua história! Digo eu...

Antes que outros a contem de maneira distorcida ou o que é pior: que esqueçam de contá-la...





Quem nos dias atuais doaria alguma "tira" de terra para a comunidade??
Dezenas de terrenos centrais doados (para não dizer centena), onde hoje estão os prédios públicos do município: prefeitura, hospital, parque de exposições, escolas, bombeiros, CTG, igrejas, etc e mais etc.
Para saber mais sobre o Monumento ao Fundador e Pioneiro Júlio Alves Martins, favor clicar aqui:
http://viniciusribeiroescultor.blogspot.com.br/2013/04/nas-alturas-do-chapadao.html 
E aqui para saber um pouco dessa figura pioneira:
http://viniciusribeiroescultor.blogspot.com.br/2013/04/a-bendita-teimosia-de-um-visionario.html






Na praça  serão plantadas árvores nativas do cerrado e outras melhorias nela ocorrerão. Ela é uma criação da sempre competente arquiteta Mara Alice Bortoloti esposa do amigo Paulo de Oliveira Lautert. 
Visite aqui o site deles: http://www.lastroconstrucoes.com.br/













Obs: As fotos foram retiradas dos sites Jovem Sul News:
http://www.jovemsulnews.com.br/?eventos=julio-martins-presenteia-chapadao-do-sul-com-a-praca-21-de-abril
E do site O Correio News:
http://www.ocorreionews.com.br/novo/index.php?option=com_k2&view=item&id=3480:pra%C3%A7a-21-de-abril-um-presente-de-julio-martins-nos-26-anos-de-chapad%C3%A3o-do-sul&Itemid=127