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domingo, 23 de novembro de 2008

20 Anos do Jornal do Nativismo


































Difundindo a Arte e a Cultura gauchesca, com credibilidade e qualidade, o Jornal do Nativismo completa seus 20 anos de existência.
Com tiragem de 15.000 exemplares, circulando por todo meio tradicionalista do estado e fora dele.
E para nossa felicidade, estamos na capa dessa edição festiva, com matéria relativa a construção do monumento em homenagem a Jayme Caetano Braun.
Meus sinceros agradecimentos ao sr. Paulo de Freitas Mendonça, por ter elaborado essa matéria, divulgando dessa forma, a Arte e a Cultura de São Luiz Gonzaga.
Na foto acima, o poeta Paulo de Freitas Mendonça, abrilhantando com uma pajada, a inauguração de estátua que fiz e se encontra no parque Maurício Sirotsky Sobrinho(Parque da Harmonia perto da Câmara de Vereadores)em 02 de Dezembro de 2006 na cidade de Porto Alegre.

sábado, 22 de novembro de 2008

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Sustentando as colunas do templo!


















Dos pincéis para a crônica!

Acima, amostra do texto semanal do grande amigo e colega de Arte: Arno Schleder, no Jornal Missioneiro desta cidade.
Arno, além de ser pintor, desenhista e professor de artes junto ao Atelier de Artes Los Libres, iniciou alguns anos atrás, sua carreira de cronista, com muita qualidade em seus textos.
Leia o texto acima e visite o blog dele para comprovar!
http://arnoschleder.blogspot.com/

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Vem aí o 5º Encontro Internacional dos Chamameceros














 
Visitando a construção do monumento, o grande músico são-luizense Jorge GUGA Guedes e seu genro, tambem músico, Tiago Rossato. 
Criador do ENCONTRO INTERNACIONAL DE CHAMAMECEROS, que acontece há quatro anos na nossa cidade e que divulga um dos mais belos estilos músicais do sul do continente que é o Chamamé. 
Evento importante de proporções grandiosas, com participação de músicos renomados.
Visite nossa cidade nos dias 08, 09, 10 e 11 de janeiro de 2009, no Parque de Exposições do Sindicato Rural de São Luiz Gonzaga, RS - Brasil e comprove o que estou dizendo.

Auto-Biografia Não autorizada e em constante construção...


Todo ser humano tem sua história...
Resolvi publicar a minha; principalmente no que se refere a escultura e seu efeito em minha vida. 
São fragmentos de algumas entrevistas, dadas para jornais, revistas e sites que não tinham mais nada interessantes para publicar.

O meu interesse pela escultura vem da antiga enciclopédia Coleção Tropico Enciclopédia Ilustrada Em Cores da antiga editora Martins, que meu pai comprou na minha infância (anos 70), nelas tive meu primeiro contato com a vida e obra dos grandes mestres da escultura e pintura;  gosto de citar isso para exaltar a importância dos bons exemplos dos pais e adultos para as crianças.
Lembro principalmente do capítulo sobre a vida de Antônio de Cânova, escultor neoclássico, que  fazia suas esculturas desde pequeno. Esse foi o meu despertar para o mundo da escultura.
 Sempre chamaram minha atenção as proporções alongadas da escultura ali desenhada.
Não era o desenho em si (que por sinal é lindo), mas era a representação da escultura o que realmente me encantava. Era mágico o efeito daquelas páginas em minha mente.
 
Depois surgiram na minha vida as histórias em quadrinhos, os gibis de heróis, sou da época dos super-heróis, gostava de desenhá-los e isso me deu uma base forte para mais tarde começar a fazer esculturas.

Escultor é todo aquele que faz esculturas.
Esculturas podem ser feitas extraindo (esculpindo), acrescentando (modelando) ou fundindo.
Comecei minha profissão de escultor em 1992 confeccionando pequenas miniaturas gauchescas em resina (quando comecei a sobreviver da Arte!).
Depois as peças foram ficando maiores e os materiais como a resina, substituídos pelo concreto armado.
Trabalho atualmente com estátuas, bustos e monumentos em concreto, pedra e bronze.
Uso as resinas, para confecções de troféus e maquetes. 

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Abaixo entrevista que dei para Jornal Panorama da cidade de Ijui:

Você é defensor da ideia de que arte é uma profissão viável. Comente sobre isso?
A Arte é uma profissão antiga, desde a época de ornamentação de utensílios até a contemplação daquilo que é agradável apenas pelo prazer da contemplação. Já faz algum tempo que a arte é um dos maiores investimentos do mundo moderno. 
Qualquer um sabe das fortunas que circulam nos grandes leilões de arte. Mas excluindo as obras dos grandes mestres, toda e qualquer escultura
ou tela, bem elaborada, mais cedo ou mais tarde estará ornamentando um lar ou local de bom gosto. 
As pessoas buscam originalidade e não há presente melhor do que uma obra de arte feita exclusivamente. 
A arte parece ser supérflua, mas é imprescindível, sem ela enlouquecemos lentamente, ela é necessária para nos fazer refletir, emocionar, embelezar nossos dias. 
Nada melhor do que no final de um dia de trabalho, escutar uma bela música, apreciar um belo quadro ou caminhar pelas praças e parques por entre os seus monumentos... 
Por isso sou defensor de que "A Arte é profissão viável sim!" 
Ela tem que ser encarada como profissão e não apenas como hobby ou complemento de renda. 
A arte é profissão quando agimos profissionalmente. 
Isso inclui aperfeiçoamento voluntário (pois o "chefe" do artista é ele mesmo) e aplicação da velha e boa técnica de divulgação.
Uma criação deve ser adquirida pela qualidade emotiva que ela provoca e nunca por pena ou assistencialismo de governos. 
Aos governos cabe, sim, é a fomentação e manutenção das oficinas de artes e seus oficineiros.
Devem investir hoje nas oficinas de artes e esportes, para amanhã não estarmos atulhando tribunais e penitenciárias com jovens desequilibrados.
Desde sempre a educação artística foi matéria levado a sério nas escolas, lembro bem disso (era uma das poucas matérias que tinha um bom desempenho).  
Ultimamente, são poucos os professores que realmente têm vocação. Geralmente são professores dispostos, mas que estão em desvio de função, "quebrando um galho", como se diz popularmente. E precisamente aí, começam as falhas que repercutirão depois... 
Por isso, a importância e urgência das oficinas, pois elas preencherão essa lacuna existente nessas últimas gerações... 
Não tenho dúvidas de que, quando uma criança descobre o Mundo Fantástico das Artes, ela terá maior maturidade emotiva para fazer suas escolhas. 
E é isso que todo pai quer! 
Eis a importância da Arte como profissão, ela é um dos pilares da existência humana, ela nos faz dominar e expressar as nossas emoções e
isso nos faz diferentes dos irracionais.

Tem algum trabalho que você considera o seu preferido?
Sim! 
Aprendi que o preferido é o que estou fazendo no momento.

Quando e, principalmente, como, acontece a sua inspiração?
Em muitas vezes! E todas impulsionadas por alguma emoção, desde uma alegria até um protesto. 
A arte é pura emoção, existem várias formas de demonstrá-la, e todos podem aprender isso, às vezes a melhor forma são as esculturas, noutras as pinturas, os poemas...

Quais artistas você admira? Algum deles teve influência na sua obra?
Os grandes mestres gregos: Lisipo, Polícleto; os mais“recentes”:Michellangelo, Leonardo Da Vinci, Antônio Cânova.E o monumental russo Yevgeny Vuchetich. E mais uma infinidade de escultures contemporâneos que admiro. 
Espelho-me neles sem copiá-los, pois nem tem como e sei bem onde estou nessa escada. 
No mundo das artes, a criatividade sempre será superior à competição.

Que tipo de encomendas você costuma receber?
Desde bustos, estátuas e monumentos. 
Sou defensor do turismo dos Monumentos; é um turismo crescente e permanente de fácil comprovação.

Parte das suas esculturas são baseadas na cultura missioneira. Isso também faz parte das suas preferências?
As Missões são riquíssimas em muitas coisas, principalmente em história e cultura. 
Acredito que, com minha arte, posso ser mais um em divulgar o que fomos e o que somos.


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Abaixo, entrevista que fiz para site Whohub:

http://www.whohub.com/viccoribeiro

ARTE


O que você faz? Como você se define?
Faço esculturas. Sou autodidata por necessidade e não por escolha.
Me inspiro nos grandes mestres e admiro muitos outros escultores, mas meu padrão de comparação sou eu mesmo: procuro ser melhor hoje do que fui ontem.

Qual é sua mensagem?
A Arte é profissão viável!

Sua biografia em quatro linhas
Continuo sendo um eterno desconhecido em busca do SER... Nascido em São Luiz Gonzaga, região das Missões, noroeste do Rio Grande do Sul (onde a experiência jesuítico-guarany da terra sem males, por ter dado certo, foi devastada em 1756). Fui introduzido ao mundo das Artes na infância, quando tive contato com histórias em quadrinhos e enciclopédias ilustradas (vindo a conhecer a vida e as obras dos grandes mestres da escultura).Procurei reproduzir, em desenhos, meus personagens favoritos.Péssimo aluno em biologia, somente tive destaque na matéria relativa a anatomia dos músculos e ossos. Mais tarde comecei a confeccionar pequenas peças de artesanato em resina. Autodidata por necessidade; trabalho a mais de quinze anos exclusivamente com esculturas. Atualmente produzo peças de diversos materiais e tamanhos, dentre os quais: concreto armado (monumentos, estátuas e bustos), pedra e resina. Sou defensor da idéia de que: "Arte é profissão viável!"

Você publica seu trabalho na rede? Onde podemos vê-lo?

Como nasce uma idéia? O que é para você a inspiração?
Nasce da emoção, do sentimento... E imediatamente, ela apresenta-se como pensamento e começa a ganhar corpo. A etapa final é a materialização dela em forma de esboço, de desenho. A inspiração, para mim, é emotiva.

Que papel tem a tecnologia em seu processo criativo?
A tecnologia tem auxiliado, e muito, na parte de divulgação do meu trabalho e não na parte criativa.

O que é arte?
É o que de mais nobre o ser humano pode produzir. Aquilo que aparentemente parece ser supérfluo, mas que sem ela enlouqueceríamos rapidamente. Imagine um dia de sua vida sem ter contato com a Arte? Passar um dia inteiro trabalhando e chegar em casa sem poder ouvir uma boa música? Ou assistir a um bom filme? Ou ler um bom livro? Ou sem poder caminhar lentamente pelos parques admirando seus monumentos?...

Em que circunstancias você tem as melhores idéias?
Quando penso menos e sinto mais.

Como você corrobora se uma idéia é boa?
Quando depois de plasmada no esboço ela continua me entusiasmando.

Três idéias criativas que você gostaria que tivessem sido suas.
A bola, o guarda-chuva e a garrafa térmica.

Quando e como você começou a ver você mesmo como artista?
Na verdade não me considero um artista e sim alguém que trabalha com arte. Artista, no meu ver, é algo glamoroso. E me falta, ainda, este tal de glamour...

Por que tantos artistas e criadores têm personalidades voláteis?
Alguns são geniais, mas a maioria é genioso mesmo.
Será que é excesso de glamour???

Você se considera pós moderno?
Para os antigos, talvez sim, mas para a futura geração serei eu o antigo deles.

Como uma obra artística deve ser avaliada?
Pela quantidade de sentimentos que ela pode te produzir ou pela sua importância histórica, turística e cultural.

O artista deve se reinventar a cada dia?
Reinventar não seria o termo, mas sim melhorar a cada dia; ser melhor hoje do que foi ontem.

Que artistas você admira e de que maneira têm influência em sua obra?
Lisipo, Michelângelo, Bernini, Cânova, Brecheret, Yevgeny Vuchetich, Caringi e também sou admirador do contemporâneo Cìcero Dávila.
Não que eu copie algo destes grandes, pois nem tem como, mas sempre os tenho em mente para ver bem em que degrau da escada estou assim controlo a soberba.

Qual é sua opinião sobre os subsídios públicos para a arte?
Se a arte em questão for útil para a comunidade, como por exemplo, ateliês patrocinados pelo poder público para ser ministradas aulas às crianças, ou algo que fomente o turismo, beneficiando a localidade, acho importantes.
Claro que para isso ser possível é necessário o município ter seu conselho de cultura atuante e saber como destinar as verbas designadas, lógico que a cidade que não tem conselho de cultura nem sabe da existência dessas verbas.
Mas com relação aquilo de que governo tem que ajudar artista e blá,blá,blá, só por que ele se considera um "artista" e nada produz de prático para sua comunidade, sou contra, pois Arte tem que ser encarada como profissão e não como assistencialismo.

A arte autêntica é a arte necessária?
Toda Arte é necessária, até aquilo que é de mau gosto, pois no mundo tem que ter de tudo. Conhecendo o ruim a gente valoriza o que é bom.

Você sofre ao se desprender de uma peça que tenha vendido?
Não que eu tenha sofrido, mas já aconteceu de eu pensar em não vender a peça.

Ao comprar a obra, estamos mais que nada comprando o artista?
Quando alguém consegue reconhecer o artista ao ver sua obra, daí acredito que ela leva um pouco do artista consigo.

Para a arte não há guia. Como você sabe qual é a próxima coisa a fazer?
Pode ser que não sejamos marionetes de ninguém, mas qualquer caminho que seguirmos na Arte, já foi trilhado por alguém.
Com relação a qual a próxima coisa a fazer: Muitas vezes nem se imagina como, mas mesmo sem saber nadar, temos que atravessar o rio...

O que você acha de que grande parte das obras de arte contemporânea que os museus exibem seja de artistas que já faleceram?
É que para alguns: Artista, político e bandido só são bons "depois de morto"...
Sobre arte moderna... Quem dominou o clássico tem o direito de inventar o que der na telha. Antes disso, pra mim é perda de tempo.
E não é difícil de ver quem entende do riscado e quem é puro blefe. Há casos de blefes em muitos museus e exposições contemporâneas...

Que papeis jogam em sua trajetória as figuras de marchante, representante, galerista, e intermediários em geral?
Por enquanto estou "meio por conta". Tipo o Lobão vendendo seus discos de banca em banca...

Que tipo de encomendas você costuma receber?
Estatuetas, bustos, estátuas e monumentos.

Qual de seus trabalhos é o que você mais gosta?
É todo aquele no qual estou fazendo no momento.

Você coleciona algum objeto?
Pacotes de erva-mate. E arquivos de música.

Que portais online de arte você freqüenta?

O que você aconselharia aos iniciantes?
Que iniciem logo, não percam tempo...


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Abaixo reproduzo aos interessados, o capítulo da velha Coleção Tropico Enciclopedia Ilustrada Em Cores, sobre a vida do escultor Antônio Cânova, citado acima:



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Alterações:

Em 09 Julho 2020:

1º)Havia confundido o nome da Coleção Trópico Enciclopédia Ilustrada Em Cores da antiga editora Martins com as enciclopédias da editora Melhoramentos.

2º)O site Whohub de entrevistas com artistas não existe mais... Mas preservarei aqui a entrevista!