Translate

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Monumento em homenagem ao Payador.

Arquivo de fotos: Jayme Caetano Braun




Pais do Jayme: Sr. João Aloysio Thiesen Braun e D. Euclides Ramos Caetano.




Jayme com seus pais e seus irmãos.


domingo, 25 de maio de 2008

Breve Histórico de Jayme Caetano Braun






Jayme Caetano Braun
         -poeta e payador-

















ESCLARECIMENTO

Antes de começar uma obra, procuro sempre fazer o histórico do homenageado; aqui no caso, fiz com muita alegria, pois além de ser grande admirador de Jayme Caetano Braun, sou primo de 3ºgrau dele (quando o vivente é bom, a gente puxa parentesco até o 5º grau). Não sou e nem tenho pretensões de ser historiador, sou escultor. 

Este histórico foi um pedido expresso da dona Gelsa Ramos De Morais, prima-irmã do Jayme,  para corrigir erros absurdos existentes sobre a vida do poeta. Na época eram publicados nos jornais e depois na internet. 
Um deles é de que sua mãe era uma "chirua bugra", outro que era formado em jornalismo/medicina, que tinha servido o exército e  outro é sobre o local do seu nascimento e o motivo. 

Neste trabalho entrevistei várias pessoas e recolhi informações. Tenho documentos e certidões de nascimento, casamento e morte, para provar o que aqui está escrito(estão tudo no final postagem). 
Nesta pesquisa, além das informações da D. Gelsa Ramos de Moraes(poetisa e declamadora do mais alto nível, pessoa que tinha estreita relação com o poeta), obtive também de seus dois irmãos: seu Juca Caetano Ramos e da D. Danci Caetano Ramos. Jayme morou com eles, na fazenda Santa Terezinha, na Timbaúva durante anos. 
Também ouvi muitos relatos do sr. Ataliba dos Santos(quando jovem, ajudou Jayme no bolicho da Serrinha). 
Obtive a revisão final deste simples histórico na data de 10 de fevereiro de 2009, pela D. Aurora(Bréa)Ramos Braun, 2ª esposa e viúva do Jayme e em 30 de Janeiro 2015 uma revisão da poetisa e prima-irmã do Jayme Danci Ramos(irmã de Gelsa e Juca Ramos).

Publicado em 25 de maio de 2008.
Aperfeiçoamento: 03 de julho de 2016.
Aperfeiçoamento 31 janeiro de 2021.
Aperfeiçoamento em 04 de junho de 2021.
Aperfeiçoamento em 28 janeiro 2022.
Aperfeiçoamento em 24 agosto 2022
Último aperfeiçoamento em 14 janeiro 2024.


SOLICITO àqueles que queiram usar as informações deste histórico, que não  esqueçam de citar os créditos! 

Já li em vários sites trechos deste trabalho e até ele inteiro sem citação nenhuma. Chegando ao absurdo de citarem como sendo deles as informações...O que para mim, tal atitude, além de ser deselegante , beira a desonestidade.

Esclareço que existem alguns livros que foram autorizados a usar este histórico. E citaram corretamente a autoria. Apenas em um houve confusão: 
O livro/relato  "A história de estátua de Jayme Caetano Braun"(conta sobre a escultura que fiz homenageando Jayme em Porto Alegre) livro de autoria do sr. Elói Guimarães(
de 2012), utilizou muitas informações deste blog, autorizadas sim, porém copiou e colou toda parte do histórico e curiosidades sem citar que eram palavras minhas(disse apenas ao final como referência), deu margem a confusão e mal estar, pois fui questionado por estudantes se eu havia me baseado no livro citado.
Como me basear? se escrevi este histórico originalmente em maio de 2008??
Seu Elói é um amigo e sei sem sombra de dúvidas que não fez por mal, porém após impresso o erro nada mais se pode fazer...

Bueno! 
Chega de explicações, vamos ao assunto:




Jayme Caetano Braun

Poeta, tradicionalista, declamador e payador (do castelhano; lê-se: pajador). 

Payada(pajada) é o verso de improviso comum nos paises Chile, Argentina, Uruguay e no sul do Brasil(RS), onde o pajador opina sobre algo em versos rimados, comumente ao som de milonga no violão. Os versos podem ser em décimas, porém não há essa obrigatoriedade. A pajada pode ser de infinitos temas, onde o pajador tem a liberdade de discorrer sobre qualquer assunto, porém sempre seguindo uma linha mestra relacionada às coisas do pago.
Para saber um pouco sobre a origem da palavra Pajador e Pajada, clique aqui: 

Símbolo maior da poesia gauchesca; especializou-se em décimas (poemas com estrofes de 10 versos).

Jayme Caetano Braun aprendeu a arte de recitar versos de improviso desde sua infância, na "acadêmia" poética familiar materna: Família Ramos.

Seus versos eram em vários formatos(quadras, sextilhas, oitavas), porém a partir do contato que teve com o poeta uruguaio Sandálio Santos em 1958, se especializou em décimas(versos em dez linhas).
Nicasio García Berisso, vulgo Sandálio Santos
poeta, escritor e jornalista uruguaio
quem apresentou  a décima espinela ao Jayme


Fazia poesias, declamava versos de improviso solo e também pajadas de contraponto(onde um pajador contrapõe o outro em versos rimados).

De acordo com o que pesquisei Jayme fez apresentações de contraponto memoráveis: duas com o mestre uruguayo Sandálio Santos, uma com o grande Argentino Luna e duas com o também argentino Manuel Rosas (El Brujo). Se apresentou com maestria em todos os duetos(fazendo pajadas também em espanhol).

Jayme e Argentino Luna em
pajada histórica 










Jayme e Manoel Rosas

Para saber o que é Pajada, Pajadores e como o Jayme se apresentava, clica aqui vivente:



Em seus versos Jayme Caetano Braun,  retratou, com conhecimento de causa, os hábitos costumes e vicissitudes do homem campeiro do sul do Brasil.
O peão de estância, o gaúcho andarilho, o índio missioneiro e muitas outras figuras regionais ganharam vida em seus poemas.
A formação dos Sete Povos das Missões, a epopéia farroupilha, foram alguns dos seus muitos temas.
Eterno filósofo galponeiro, em suas reflexões, buscou as respostas da existência na visão do homem simples.
Sua temática ia da raiz às estrelas, sendo ao mesmo tempo regional e universal; seus versos, mescla de história, costumes e atualidades, exaltaram a vida do homem excluído, pobre e oprimido.
Foi a voz contra as injustiças e desmandos da sua aldeia e do mundo.

Analisando sua obra dividi-a em três importantes partes:
A da poesia xucra, campeira, das coisas do dia a dia que não conseguimos notar e com ele enxergamos...
Depois levantou bandeiras sendo a voz dos excluídos que estavam ao nosso lado e não havíamos notados...
Mais adiante, quando o peso dos anos foi iluminando o entendimento, procurou na filosofia gaudéria, descobrir o sentido da vida e do mundo. Passou a ser uma Tocha acessa iluminando o caminho para nós que viemos atrás, tropeçando na escuridão. Nesta fase ele passou a ser universal.
Veja aqui essa divisão melhor explicada:
https://viniciusribeiroescultor.blogspot.com/2021/01/as-tres-fases-da-obra-de-jayme-caetano.html


 
É considerado pelo meio tradicionalista, como referência gauchesca da essência rio-grandense.
Deixou sua obra imortalizada em vários livros e discos.


Biografia

Livros: 

- Galpão de Estância (1954)
- De Fogão em Fogão (1958)
- Potreiro de Guaxos (1965)
- Bota De Garrão (1966)
- Brasil Grande do Sul (1966)
- Paisagens Perdidas (1966)
- Vocabulário Pampeano – Pátria, Fogões e Legendas (1987)
- Payador e Troveiro (1990)
- Antologia Poética: 50 anos de poesia (1996)
- Payada Cantares(2003)(obs:Resgate do acervo de Jayme)

Discos:

- Payador, Pampa e Guitarra de Noel Guarany (convidado especial) (1974)
- Payador (1983)
- A volta do payador (1984)
- Troncos Missioneiros (juntamente com Noel Guarany, Cenair Maicá e Pedro Ortaça) (1987)
- Poemas Gaúchos (1993)
- Payadas (1993)
- Paisagens Perdidas (1994)
- Jayme Caetano Braun (1996)
- Acervo Gaúcho (1998)
- Êxitos 1 (1999)
- Êxitos 2 (2000)
- Payada, Memória & Tempo (2006)(obs:Resgate do acervo de Jayme)
- Payada, Memória & Tempo Vol. 2 (2008)(obs:Resgate do acervo de Jayme)

- Payada, Memória & Tempo Vol. 3 (2009)(obs:Resgate do acervo de Jayme)
- A volta do Farrapo (2010)(obs:Resgate do acervo de Jayme)


Histórico

Nome completo: Jayme Guilherme Caetano Braun

Nome mãe: Euclides Ramos Caetano Braun

Nome pai: João Aloysio Thiesen Braun

Avós maternos: Aníbal Antônio Souza Caetano e Florinda do Amaral Ramos Caetano

Avós paternos: Jacob Braun e Guilhermina Thiesen Braun

Nascido em 30 de Janeiro de 1924 às 8:30 na fazenda Santa Catarina de seus avós maternos (Aníbal Caetano e Florinda Ramos), situada na localidade da Timbaúva (3° Distrito de São Luiz Gonzaga), atualmente faz parte do município da Bossoroca-"Buena Terra Missioneira".



N
a época Bossoroca também fazia parte da grande área do  distrito SLG, porém com o nome de Igrejinha ou Capão da União ou Vila dos Cata-Ventos. 







A fazenda onde Jayme nasceu, fica 40 km distante de São Luiz Gonzaga e 30 km da Bossoroca.











Irmãos
Maria Florinda, Terezinha, Judite, Zélia, Pedro Canísio e Eurica(filha adotiva) (Jayme foi o 2° filho do casal Braun).Veja fotos mais abaixo.




Foto pais do Jayme:
Sr. João Aloysio Braun e D. Euclides Ramos Caetano


 

Pais:

Era filho do casal João Aloysio Thiesen Braun e Euclides Ramos Caetano(Dona Quida).












                     
João Aloysio Theisen Braun


Seu pai era filho de imigrantes alemães, professor e diretor do colégio elementar Pinheiro Machado; respeitado nas comunidades por onde passou (foi delegado de educação nas cidades de Cruz Alta, Santa Cruz e Passo Fundo).
















           
                    
Euclides Ramos Caetano(Quida)





Sua mãe era filha de família tradicional pecuarista, da localidade chamada Timbaúva (Antigo 3° Distrito de São Luiz Gonzaga, hoje município da Bossoroca-RS).


Sobre seu pai, Jayme descreve a grande admiração que sentia por ele na emocionante poesia “Oferta” (Livro: De Fogão em Fogão 1958). Ela foi musicada por José Mendes e mais tarde por Oswaldir e Carlos Magrão(com o nome: Prece)

" E se não fui nem a sombra
Do que foste, velho Santo,
Uma coisa te garanto
Sempre me orgulhei de ti!
Pois contigo eu aprendi
O que é honra e coração
E esta chucra devoção 
Pelo Pago onde nasci!"


A Origem poética de Jayme:

Foi da família de sua mãe, que Jayme herdou a veia poética, precisamente da Família Ramos; sua avó materna Florinda Ramos Caetano, irmã do poeta e coronel revolucionário Laurindo Silveira Ramos, fazia versos de improviso(como todos os demais da família) e recitava seus poemas no ambiente familiar criando forte estrutura poética que Jayme veio a conviver e herdar mais tarde. Esta tradição centenária da família Ramos, onde fazer versos é algo natural, como respirar, veio com seus patriarcas: o casal João e Victória Silveira Ramos(bisavós do Jayme por parte de mãe).
O casal João e Victória Ramos tiveram os seguintes filhos: Liberato, Laurindo(pai de Danton e Ruy Ramos), Fernando, Manoel Barroso, Manoel Ozório, João Manoel, Florinda(avó materna do Jayme), Brandina, Antônia, Florisbela(minha bisavó paterna) e Carolina(esta foi a primeira turma de poetas da família Ramos. Jayme é da terceira turma).

Quer saber mais sobre essa fazenda ao qual eu chamo de: "Uma das nascentes da poesia crioula do Rio Grande"? 

E aqui:




Nascimento:

O casal João Aloysio e Euclides, após casarem em São Luiz Gonzaga-RS, no ano de 1920, passaram a residir na Avenida Senador Pinheiro Machado n° 1934 em frente à antiga Praça da Lagoa (Atual Praça Cícero Cavalheiro) no endereço onde existe hoje a Casa da Alface, na época propriedade do avós maternos de Jayme, sr. Anibal Caetano e Florinda Ramos Caetano. Nesta casa sua mãe ficou até o sétimo mês, para então rumar para a fazenda na Timbaúva!


Casa onde Jayme viveu dos 40 dias após seu nascimento até os 14 anos de idade.(foto tirada em 2007)
Fica localizada na av. Senador Pinheiro Machado, nº 1934 esquina com a rua Padre Miguel Fernandez, ao lado da Praça Expedicionário Cícero Cavalheiro na cidade São Luiz Gonzaga.








Foto cortesia Luis dos Santos Ribeiro


















O PARTO:
Em dezembro de 1923 o casal Braun, rumou para a Timbaúva, para a fazenda Santa Catarina, propriedade dos avós maternos do Jayme: Aníbal e Florinda.
Naquela ida havia um motivo maior do que a tradicional viagem das férias escolares do prof. João Aloysio Braun: "a parteira"(informação passada pela d. Gelsa Ramos de Morais).
Dona Euclides, grávida do segundo filho(já tinha a menina: Maria Florinda), confiava muito na parteira daquela localidade: Dona Antônia.
Pra lá rumaram e aguardaram a natureza dar seus sinais...


Foto cortesia Luis dos Santos Ribeiro

 
Meu avô paterno Anajande Ramos Ribeiro(primo-irmão de Dona Euclides) foi quem chamou as pressas a parteira no seu cavalo "Pimenta"(informação dada por minha avó Vidalvina Antunes Ribeiro).












Casa onde Jayme nasceu(meus arquivos 2007)

O
Poeta Maior: 
Jayme Caetano Braun, veio ao mundo em 30 de janeiro de 1924. Nasceu num quarto junto à sala, por intermédio da prestativa parteira Dona Antônia. 


janela quarto onde Jayme nasceu


      
Permanecendo na fazenda durante todo o período de resguardo(40 dias sem sair do quarto) até o retorno de sua mãe para a casa em São Luiz.




vista do quarto(foto de 2007)





Poucos dias após seu nascimento, em 07 de Fevereiro de 1924, Jayme foi registrado no posto designado no 3° Distrito de São Luiz Gonzaga. No documento consta como declarante o Senhor Anajande Ramos Ribeiro(meu avô) e que o casal Braun era domiciliado em São Luiz Gonzaga,  estavam a passeio no Distrito. Meu avô foi de cavalo(ver foto anexo) da fazenda Santa Catarina(Timbaúva) até o posto do cartório designado(Bossoroca), cerca de 30 km de distancia. Foi a pedido do Sr. João Aloysio Braun, pois este, sendo professor estadual, já havia retornado para São Luiz Gonzaga devido aos preparativos para o retorno das aulas.

Ver registro nascimento Jayme no final desta postagem!


Além do Jayme, o casal João Aloysio e Euclides tiveram os seguintes filhos:

1º)Maria Florinda Caetano Braun(Noronha)
2º)Jayme Caetano Braun
3º)Terezinha Caetano Braun(Muller)
4º)Judith Caetano Braun(Oliveira)
5º)Zélia Caetano Braun
6º)Pedro Canísio Braun
E adotaram uma menina: 
7º)Eurica Almeida, que era a mais velha de todos.

Infância:

Cresceu o menino nas imediações da Praça da Lagoa(praça da Bandeira e atual Praça Expedicionário Cícero Cavalheiro), local onde antigamente existia uma lagoa, fruto da olaria da redução missioneira de São Luis(1687), de onde tiravam o barro para as telhas e tijolos da redução. Jayme morou nesta casa até os seus 14 anos.
 



Foto da casa onde Jayme cresceu(tirada em 2010) na cavalgada em homenagem ao dia do Pajador 30 janeiro 2010. Nela seu Nelson Morais(CTG Galpão de Estância) recebe a chama crioula da Sra. Florinda Caetano Braga(prima-irmã do Jayme)



Primeira comunhão Jayme em São Luiz Gonzaga, nov. 1933, com 09 anos(quase 10).Gentileza do saudoso amigo e pesquisar da obra do Jayme: Hilton Araldi de Passo Fundo-RS.




A missioneira São Luiz Gonzaga com sua riqueza histórica aos poucos ia sendo descoberta pelo olhar atento do pequeno poeta.
Desde tenra idade conviveu com a vida rural nas fazendas e esse convívio (que procurou manter por toda a vida) foi armazenando na alma do pajador, o riquíssimo conteúdo emotivo que serviu de espinha dorsal para suas poesias.
Nas suas férias escolares de inverno e verão seguia rumo a Timbaúva, ele ia para a fazenda 
Santa Terezinha(do seu tio Danton Ramos), e também na fazenda Santa Catarina(do seu avô materno) distantes 3,5 km uma da outra.
Veja aqui sobre essas duas importantes fazendas na vida do Jayme!

O trajeto de São Luiz até a Timbaúva era sempre o mesmo ou seja: pela estrada velha que ia para antiga Vila Treze(atual Santo Antônio das Missões), cruzando pela ponte do Rio Piratini(linda ponte inglesa de ferro, que era para São Luiz do Maranhão e o conterrâneo Sen.Pinheiro Machado achou melhor "trazer" para São Luiz Gonzaga...). Houve épocas que a ponte ficou desativada por um período devido a forças revolucionárias terem queimado as pranchas de tábua do assoalho.
Essa mesma ponte Jayme imortalizou na poesia do Tio Anastácio.



Adolescência:

A família Braun, devido à transferência de Sr. João Aloysio, mudou-se para Cruz Alta-RS em 1938 onde sr. João foi diretor de escola. Na data Jayme, contava com 14 anos de idade, quando saiu de São Luiz Gonzaga e sua mãe estava grávida do seu último filho Pedro Canísio Braun(que nasceu em Cruz Alta)

Em 1939 mudaram de Cruz Alta para Santa Cruz do Sul-RS, com o Senhor Braun sendo delegado de ensino.

Histórico Jayme quando estudou em 1938,39 em Cruz Alta.
Cortesia Hilton Araldi.



De 1940 até 1942, seu pai assumiu cargo de delegado de ensino em Passo Fundo-RS.

Após isso, retornaram para Cruz Alta, lá seu pai se aposentou e faleceu.


Jayme Caetano Braun-escola em Passo Fundo.1ª fila, 6º da esq. para direita.
Cortesia família Nico Caetano.


Jayme Caetano Braun, time futebol em Passo Fundo, última fila, 3º da esq. para direita. Cortesia Hilton Araldi.



Após a morte de seu pai a família passou a residir em Porto Alegre.


Jayme indo para Porto Alegre. Cortesia d. Gelsa Ramos de Morais




Em Porto Alegre, Jayme estudou na Colégio Estadual Julio de Castilhos(Julinho) o referente ao início do ensino médio(2º grau), desistiu dos estudos por não ser o que queria e retorna para São Luiz Gonzaga em 1943(aos 19 anos), vindo a morar na fazenda Santa Terezinha(Timbaúva) de propriedade de seu primo/tio Danton Victorino Ramos, a quem considerava como seu segundo pai. 

Jayme(esq.) com José Morais(dir.)fazenda Timbaúva, cada um com
revolver Nagant 44(presente seu Danton)foto cortesia Gelsa Ramos de Morais



Jayme na faz. Stª. Terezinha(Danton Ramos) Timbaúva
foto cortesia Gelsa Ramos de Morais




Veja o improviso que disse Jayme sobre seu Danton no lançamento do livro "Troncos e Ramos" da sua prima Danci Ramos(filha do Danton) em 30 de maio de 1996.


"Eu que tive um pai sagrado,
Vim encontrar nesse tio
Quem definisse o feitio 
Do meu destino traçado.
Porque encontrei a seu lado
Alguém que apontou meu trilho
E compreendi que o caudilho
Na sua imensa pureza
Compreendia com nobreza
Que havia encontrado um filho..."


Danton Ramos era primo irmão de dona Euclides(mãe do Jayme) e era casado com Aracy Caetano Ramos(Cecy) irmã de dona Euclides(ou seja Danton e Cecy eram primos, casamento de primos era algo comum naquela época), por isso seu Danton era primo e tio ao mesmo tempo de Jayme.
Ficou morando e trabalhando na fazenda até sair para casar.

Jayme foi morar na fazenda Santa Terezinha em 1943, e só saiu para casar, em 1947, com Nilda Aquino Jardim. 
Veja aqui ele contando a saída dele de Porto Alegre na entrevista ao Glênio Reis:



Jayme, com seus pais e irmãos. Eurica não estava presente no dia da foto(já era casada). Cortesia Gelsa Ramos de Morais.


                                                                         






Foto cortesia Adriana Braun(filha de Pedro Canísio Braun)




Foto cortesia Adriana Braun(filha de Pedro Canísio Braun)







Casamento:

Jayme, casou-se com Nilda Aquino Jardim, filha de Rivadavia Romero Jardim e Faustina Aquino Jardim, no dia 20 de dezembro de 1947.

Sogro do Jayme
dono fazenda Piraju
presidente ACI-SLG 1950



Passou a morar na fazenda Piraju(localizada entre a cidade de São Luiz e o distrito Serrinha) de propriedade de seu sogro, permanecendo lá o período da Lua de Mel e pouco tempo mais... 
Devido a seu temperamento forte e determinado, teve desentendimento com o capataz com relação 
com relação aos métodos adotados nas lidas da fazenda.
Jayme tinha seu sistema contrário em algumas coisas ao do capataz.




Seu sogro, sr. Rivadávia, gostava demais do sistema do capataz e preferiu "mantê-lo"...
Jayme resolveu então sair da fazenda, para morar perto dali, na Serrinha (Vila Distrito de São Luiz Gonzaga), naquela localidade abriu um autêntico bolicho de campanha (teve para isso a ajuda financeira do sogro e de seu tio Danton Ramos) onde ocorriam rodadas de poesia e música até tarde da noite; a sua casa era nos fundos do bolicho.



E
stas importantes informações recebi do
Sr. Ataliba dos Santos filho do capataz e que foi morar com Jayme e D. Nilda ajudando no bolicho.
A saída da fazenda não foi por mágoas, pois o próprio capataz autorizou o Jayme levar seu filho para ajudá-lo.

Sobre as tertúlias no bolicho, o Sr. Ataliba(que na época era rapazote de 12 anos) contou o seguinte: “O Jayme quando inspirado ficava, às vezes, olhando para um palito de fósforo entre os dedos (com som de violão sendo dedilhado ao fundo) e os versos brotavam magicamente”.






casa Jayme morou em SLG,
após bolicho Serrinha

Permaneceu “bolicheando” por pouco mais de ano até falir(faliu o bolicho devido a sua visão mais artística do que comercial), depois passou a residir na cidade (São Luiz Gonzaga) na Rua Marechal Floriano (fundos hospital de caridade SLG ) ali nasceram seus dois filhos com dona Nilda: Marco Antonio Jardim Braun e José Raymundo Jardim Braun.






Vida profissional, artística e política:

Após sua experiência como bolicheiro, começou  a participar de campanhas políticas (daqueles ao qual ele admirava) como pajador
(final da década de 40).
Seu poema “O Petiço de São Borja” referente a Getúlio Vargas foi publicado na época em revistas e jornais do país.
Participou na campanha de seu primo e padrinho político Ruy Ramos(primo irmão da mãe do Jayme, ao qual ele considerava como um tio) com o poema “O Mouro do Alegrete”.
Nos anos seguintes participou nas campanhas de Leonel Brizola, João Goulart e Egídio Michaelsen.
Na campanha de Ruy Ramos a deputado federal, apresentava um programa radiofônico na Rádio São Luiz; contratado pelo seu tio Danton Ramos(Danton além de primo irmão da mãe do Jayme, era casado com a irmã dela), para divulgar a candidatura de Ruy. Devido ao sucesso, obtido em grande parte pelos seus versos de improviso, o programa teve continuidade.



Jayme, com Dangremon Flores e Darci Fagundes-rádio São Luiz







Jayme(6º da esq. para dir.)
no CTG Galpão de Estância-SLG-RS





Em 1948 iniciou o programa, na mesma rádio, chamado “Galpão de Estância” (existente até os dias atuais, atualmente a cargo de Alcides Figueiredo) juntamente com Dangremon Flores e Darci Fagundes. Deste nome veio a surgir mais tarde o 1° CTG em São Luiz Gonzaga chamado CTG Galpão de Estância, um dos mais antigos do estado. 
Jayme foi um dos fundadores e seu tio materno Antônio Caetano Sobrinho(Nico Caetano) foi o primeiro patrão.
 


A convite de Ruy Ramos(que em boa hora, convenceu Jayme), saiu de São Luiz Gonzaga, da casa fundos Hospital Caridade(onde nasceram seus dois filhos com d. Nilda) e foi para Porto Alegre(entre 1951 e 52). Passou a ser funcionário do IPASE (Instituto de Previdência e Assistência do Servidores do Estado, órgão federal) era auxiliar de farmácia, depois passou a ser auxiliar da tesouraria, por um período foi diretor da Biblioteca do estado RS de 1959 a 1963(a convite do amigo e então governador Leonel Brizola) após retornou a tesouraria e mais tarde passou para o IAPAS(antigo Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social, hoje atual INSS) como fiscal da previdência onde ficou até se aposentar.

Jayme e a introdução à Payada(Pajada)
Ele foi apresentado para o estilo da pajada(versos de dez linhas), pelo poeta e pajador uruguaio Sandálio Santos em 1958. 
Sobre este tema, que acredito seja primordial na vida artística do Jayme, dediquei uma postagem que precisa ser vista:
https://viniciusribeiroescultor.blogspot.com/2021/06/pajada-tem-que-ter-estilo.html


Incentivado e apoiado por Ruy Ramos concorreu a deputado estadual pelo PTB no ano de 1962, não alcançando votação suficiente. 
Jayme na campanha política! Ao seu lado Ruy Ramos, dep. Federal-RS

Esta passagem política trouxeram mágoas que o acompanharam por muito tempo (vide poema abaixo "Bilhete a João Vargas"). A política é um jogo complexo, quis o bom destino, que ele não fosse eleito; sorte para nós admiradores da sua arte, pois dificilmente seria o expoente poético que foi, se seguisse o caminho político.





Em 1973 inicia no programa radiofônico semanal Brasil Grande do Sul, na Rádio Guaíba, durante 15 anos. Com muito sucesso. No programa, teve acompanhamento ao violão de Noel Guarany, Amauri Beltrão de Castro e Pedro Ortaça(este foi o que mais participou do programa).
Foi lançado três discos com acervos raros desse programa, chama-se: "Jayme Caetano Braun-Payada, Memória e Tempo" volumes 01, 02 e 03.
Há material para muitos mais outros, pois de acordo com o próprio Jayme em entrevista para o radialista Glênio Reis, ele tinha mais de 900 fitas k7 com gravações do seu programa no seu acervo.






Os direitos autorais de seus vários livros e discos serviram apenas como complemento de renda, pois o poeta, como muitos que trabalham com a arte, enriqueceram mais a alma do que os bolsos.



Segundo Casamento:

Separou-se de sua 1° esposa Sra. Nilda Jardim em 11/07/88 divorciando-se em 26/06/95.
Casou-se com Sra. Aurora de Souza Ramos (Bréa) em 1° de setembro de 1995 na cidade de Porto Alegre. Teve um enteado: Marcelo Bianchi; da união com Aurora Ramos registrou um filho: Cristiano Ramos Braun.


Saúde:

A sua saúde foi abalada em muitas situações: quatro pontes de safena, angústias inerentes a todo poeta e algumas desilusões...
Várias situações no decorrer de sua emotiva existência colaboraram para o surgimento de seus problemas de saúde: 

Soube que no início, quando nas suas primeiras poesias, foi o desestímulo (por parte de alguns) um adversário forte de ser superado(veja poesia "Meu Canto").
Com o passar do tempo superou o pouco caso que faziam de sua obra, assim como as críticas "acadêmicas" que recebeu no correr da sua trajetória, pelo seu estilo nativo; 
Outro fator foi a decepção no pleito da candidatura a deputado estadual em 1959 quando sua mensagem não foi compreendida pelo seu próprio povo, teve uma votação pífia, graças a Deus, pois provavelmente o Rio Grande perderia muito da sua poesia; sobre esse fato, da campanha fracassada, ele mesmo diz na poesia feita ao seu grande amigo João da Cunha Vargas de título "Bilhete ao João Vargas do Alegrete."

Abaixo trecho dela:

“Bilhete ao João Vargas"
...Fiz o que o gaúcho faz,
Sem admitir pretexto
E fui – como gato a cabresto,
“Só nas patinhas de trás”,
Tu sabes – na santa paz
Que o gaúcho não morreu,
Mas na terra onde nasceu
-Até periga a verdade,
Quando eu gritei: Liberdade!
Só o eco me respondeu... ”


  (Ver no final desta postagem os poemas inteiros!)



votação Jayme campanha 1962



 

E por fim, talvez o que mais tenha despedaçado o coração do poeta tenha sido a dor pela perda de seu filho primogênito, Marco Antônio, aos 30 e poucos anos de idade por abalos no sistema nervoso. Acredito que seja essa a maior dor para um pai...

Morte:
Faleceu no dia 8 de julho de 1999 às 5 horas e 30 minutos, aos 75 anos de idade, na clínica São José em Porto Alegre, vítima de complicações cardiovasculares. O corpo foi velado às 17 horas no Salão Nobre Negrinho do Pastoreio, no Palácio Piratini, sede do governo estadual gaúcho; foi enterrado no cemitério João XXIII em Porto Alegre.

Curiosidades:
(algumas, retiradas dos jornais que prestaram homenagens no dia de sua morte)

- Seus primeiros poemas foram publicados em 1943, no jornal A Notícia de São Luiz Gonzaga, assim como seu 1° Livro Galpão de Estância, em 1954.

- Seus ídolos na poesia foram: Laurindo Ramos (tio avô); Juca Ruivo; Balbino Marques da Rocha; João Vargas do Alegrete; Vargas Netto e os insuperáveis Atahualpa Yupanqui e José Hernandez (Martin Fierro).

- Foi um dos fundadores do CTG Galpão de Estância de São Luiz Gonzaga, um dos Centro de Tradições Gaúchas mais antigos do estado.

- Foi um dos fundadores da Estância da Poesia Crioula, grupo de poetas tradicionalistas que se reuniram no final dos anos 50, existente até hoje.

- Considerado, juntamente com Noel Guarany, Cenair Maicá e Pedro Ortaça um dos “Troncos Missioneiros”, título dado pela gravadora USA discos  e aceito pelos quatros ao gravarem o lp "Troncos Missioneiros".  O estilo musical que eles abraçavam exaltava a rica história da região Missioneira, na qual viviam e procuravam com sua arte divulgá-la. Essa maneira entusiasta de cantar sua terra foi pioneira, fez estrada e seguidores no Rio Grande do Sul.

- Me contaram seu Juca e dona Gelsa Ramos, que na infância, juventude e também na maturidade, Jayme (sempre que possível) passava suas férias nas fazendas de seu avô Aníbal Caetano ou de seu tio Danton Ramos(próximas uma da outra) na localidade da Timbaúva.

- Pelo gosto adquirido ao trabalhar anos na farmácia do IPASE(Instituto de Previdência e Assistência do Servidores do Estado) tornou-se um estudioso em remédios caseiros. Por isso manifestava seu desejo em fazer medicina, mas fez apenas o início do que hoje seria o ensino médio. 
Dizia que todo missioneiro tinha a obrigação de ser um curandeiro. 


obs: 
-Erro absurdo nº 01)
Jayme não cursou medicina e nem jornalismo como alguns confundem(Jayme não cursou nenhuma faculdade!); desistiu dos estudos do Colégio Estadual Julio de Castilhos(Julinho) completou apenas o que hoje seria o 1º ano do Ensino Médio atual
Relato feito pelo mesmo no programa Sem Fronteiras da rádio Gaúcha apresentado pelo radialista Glênio Reis.(veja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=sGxpP1H6gxA)


-Erro absurdo nº 02)
Sua mãe não era e nunca foi uma "chirua bugra"(não que isso vá denegrir ninguém, o fato é que não é verdade), D. Euclides Ramos Caetano, era filha de produtores rurais da Timbaúva, descendente das famílias Rodrigues, Amaral, Silveira e Ramos, não há nenhum traço longínquo indígena nele. Esta confusão originou-se de uma poesia onde Jayme diz ser "Tetraneto de cacique, bisneto de curandeira,..."

-Erro absurdo nº 03)
Jayme não serviu o exército como alguns pensam, ele tinha a dispensa do serviço militar. Completou 18 anos em 1942(época do alistamento), foi dispensado. Veja documento logo abaixo.

- Para alguns era considerado um artista polêmico, genial e ao mesmo tempo genioso, pois era radical ao defender seu ponto de vista. Dizia o que tinha que dizer; gostassem ou não.

- Uma vez ao ser comparado a um corvo, devido a seu gosto por roupas escuras, respondeu: “O corvo é uma ave higiênica, que limpa todos os campos”.(fonte ZH)

- Seu ultimo CD: Êxitos 1 (lançado dias após sua morte) estava pronto com mais de ano de antecedência; o lançamento havia sido adiado (a seu pedido) pois queria estar em melhores condições de saúde...Essa gravação eu considero que foi a mais difícil para ele gravar, sua voz refletiu o estado de saúde. Nela não vemos o esplendor e a potência que tanto caracterizou seu trabalho.

- Dentre seus companheiros e parceiros musicais destacam-se: Noel Guarany, Cenair Maicá, Pedro Ortaça, Lucio Yanel, Glênio Fagundes, Chaloy Jara, e os mais "novos" Gilberto Monteiro e Luiz Marenco(este, foi o que mais gravou a obra do Jayme) .

- Recebeu ao longo de sua carreira inúmeras premiações e homenagens: destaque especial no prêmio Açoriano de Música (1997), troféu Simões Lopes Neto, maior honraria concedida pelo Governador do estado (1997), Troféu Laçador de Ouro (1997).

- Foi escolhido como patrono da feira do livro de São Luiz Gonzaga em 1994.

- Foi instituído em sua homenagem, na data de seu aniversário, 30 de Janeiro, o “Dia do Payador” com lei estadual de N° 11.676/01 de autoria do Deputado estadual João Luiz Vargas, por iniciativa do poeta e pajador Paulo de Freitas Mendonça, logo após o falecimento de Jayme.

- Os Dois Lenços: devido à grande admiração por seu tio avô Laurindo Ramos, poeta e Coronel chimango da revolução de 1923 e 1924 e por influencia de seu parente Ruy Ramos, começou a usar o lenço branco, sendo apelidado desde moço de “chimango”. Muito mais tarde, na sua maturidade, ao morar em Porto Alegre, capital política dos gaúchos, passou a usar o lenço colorado.

-Me contou o seu Juca Ramos(primo-irmão do Jayme) que o poeta era torcedor gremista, mas nem por isso deixou de assistir com ele e outros amigos colorados a um GreNal dentro da torcida do Internacional. Naquela feita, ao ser quase denunciado ao comemorar um gol do Grêmio, disfarçou e criativamente disse: “Dá-lhe seus frescos, nós estamos jogando mal, mas vamos virar essa porcaria...” (como se fosse um fanático torcedor colorado). O que motivou risadas entre os amigos que sabiam da verdade.


-Outra que me contou o seu Juca Ramos é a de quando Jayme era diretor da biblioteca pública, recebia seguidamente a visita dele, que na época era estudante e ia lá fazer pesquisas, em certas vezes Jayme reunia Sr. Juca e outros estudantes e encaminhava todos para sua sala para “estudar” a Divina Comédia de Dante Alighieri, ao cruzar pela secretária, uma idosa senhora, ele pedia para não ser importunado, pois precisava ensinar muitas coisas importantes àqueles jovens estudantes, o que causava certa admiração na senhora, mal sabia ela que eles iam jogar truco....

-Recebeu três esculturas em sua homenagem
feitas por Vinícius Ribeiro escultor: 
       



1ª) Em 2005, uma estatueta de 1 m, feita em concreto armado e está no CTG Galpão de Estância-SLG, 






Estatueta Jayme CTG Galpão de Estância-SLG-RS-2005



   


2ª) Em 2006, uma estátua de 2 metros de altura em concreto armado e está no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho (Acampamento farroupilha) em Porto Alegre-RS,









Com folclorista Paixão Côrtes
na inauguração estátua
Jayme Caetano Braun
Porto Alegre-RS-2006




 
Clênio, Cássius e Vinícius
início ferragens monumento
JCB-2007



3ª) Em 2009, o monumento em sua cidade natal São Luiz Gonzaga, de 6 metros de altura, em concreto armado. 







Inauguração monumento Pajador JCB
São Luiz Gonzaga-RS- 10/10/2009





Finalizando:

Foi sempre a emoção que norteou o poeta.
A inspiração (cerne da sua poesia) saía abrindo caminhos, na frente da informação e da rima.
Esse era o grande diferencial de Jayme Caetano Braun: 
“O POETA ERA TODO INSPIRAÇÃO!”


Pesquisa
Vinícius Ribeiro 2° Semestre 2005.
Colaboração:
Senhora Gelsa Ramos de Moraes
Entrevistados: 
Sr. Ataliba dos Santos e Sr. Juca Ramos.
Revisão final:
-Sra. Aurora Ramos Braun(feita em 10 de fevereiro de 2009).
-Danci Ramos,poetisa(feita em 30 de Janeiro de 2015).

Fontes

– Cartório de registro civil de São Luiz Gonzaga
– Cartório de registro civil de Bossoroca
- Jornal Zero Hora (Porto Alegre) Datas e algumas citações nas "Curiosidades"
- Jornal A Notícia (São Luiz Gonzaga)
- Outros: Parentes e amigos do Jayme que entrevistei e já citei no início.



Para saber sobre as duas fazendas que considero como uma das nascentes crioulas da poesia gauchesca e que marcaram a vida e Jayme, clica aqui:

Obs: Para saber muito mais sobre Jayme Caetano Braun, clique aqui:
http://viniciusribeiroescultor.blogspot.com.br/2007/09/blog-post_7622.html





ATENÇÃO!

Abaixo postarei alguns documentos referentes ao Jayme, caso queira saber mais sobre esses documentos, clique aqui:http://viniciusribeiroescultor.blogspot.com/2022/01/98-anos-de-jayme-caetano-braun-bem.html
Peço encarecidamente para quem for usar essas imagens, tenham a grandeza de dar os créditos!😊


 

Para saber o motivo da 2ª via da certidão de nascimento constar como emitida pela cidade de Bossoroca, favor clicar aqui:
(na época 1924, Timbaúva fazia parte do 3º Distrito de SLG,assim como Bossoroca que era conhecida como Igrejinha ou vila dos Cataventos) 





Certidão batismo, documento gentileza paróquia São Luiz Gonzaga, via secretária:Iolanda Pereira Martins.










Certidão original do batismo, gentileza viúva Aurora Ramos Braun.



Certidão crisma Jayme. Ele foi crismado aos três anos de idade devido a vinda do bispo de Urugaiana Don Hermeto José Pinheiro. Este documento foi uma gentileza paróquia São Luiz Gonzaga: Leane Colbeck de Oliveira.



Meu avô foi padrinho de Crisma do Jayme(ele com apenas três anos),
vide nº112 da lista.
E acabou também crismado aos 24 anos(para aproveitar vinda do bispo),
vide nº122 lista.


Documento: gentileza da viúva Aurora Ramos Braun.

Fotocópia do livro original paróquia católica matriz-SLG. Batismo do Jayme. Gentileza paróquia São Luiz Gonzaga-RS.



Foto primeira comunhão Jayme em São Luiz Gonzaga com a idade de 09 anos(quase dez).Gentileza do saudoso amigo e pesquisar da obra do Jayme: Hilton Araldi de Passo Fundo-RS.


Atestado de dispensa serviço militar, que o Jayme somente foi tirar em 1969. Este documento raro é uma gentieza da viúva Aurora Ramos Braun.
Fundos do documento do Jayme da dispensa serviço militar.






Certidão óbito










Para saber sobre João da Cunha Vargas(João Vargas do Alegrete):
http://criteriosamente.wordpress.com/2013/06/19/joao-da-cunha-vargas/





Para visualizar melhor as imagens, clicar com botão direito do mouse e abrir em nova aba!