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domingo, 23 de outubro de 2016

MANO LIMA:Um Bororiano no centro de Maçambará

Estive em Maçambará e conheci o povo de lá!
Em linda festa, na noite do dia 21 de outubro de 2016, inauguramos o Monumento ao cantor gauchesco, filósofo e homem campeiro chamado Mano Lima.
Descobri de onde vêm a originalidade e a força do Mano Lima:
Vêm da sua gente!
É fácil sentir isso caminhando por lá. 
Cidade limpa e povo hospitaleiro. Digo isso, porque me senti em casa...
Mário Rubens Battanolli de Lima ou Mano lima é do Bororé(2º distrito de Maçambará)e como ele mesmo me disse: " fui fecundado num banhado do Bororé! por isso gosto tanto dos banhados..."


Recebeu homenagem em vida! 
Dos seus conterrâneos!Coisa rara isso!!
Qual prova maior de gratidão?
Senti sua emoção, ao notar sua fala de agradecimento na noite do evento.
No princípio, devo confessar, ele ficou em dúvida(isso coisa de um ano atras) se aceitaria a homenagem proposta pela cidade de Maçambará; tinha receio de ser confundido com vaidade ou exibicionismo!
Disse a ele que não seria apenas uma desfeita, mas também impedir a cidade de se beneficiar de sua imagem para fortalecer o turismo.
Paixão Côrtes recebeu bonito monumento em sua terra natal, minha querida Santana do Livramento(onde morei por muitos anos).
Pelé recebeu monumento em 3 Corações... 
Não é proibido homenagear pessoas vivas, a questão é saber: 

1º)"quem merece?" 

2º)"trará retorno para comunidade?"



Economicamente falando: uma cidade ter um símbolo vivo e não saber tirar benefícios culturais e turísticos disso é no meu ver "perda séria de divisas".
E têm a máxima de que: "se a terra natal não faz, outra cidade fará..."


Eu me senti honrado em ser o escolhido para realizar o monumento, não só pelo fato de conhecer e querer bem o homenageado, mas principalmente por ser admirador da sua arte e seu estilo autêntico de Ser!

Abaixo fotos e por fim vídeo:







Aqui abaixo vídeo da Guardiã do Monumento: A cadela Baia!.




domingo, 21 de agosto de 2016

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Mãe Crioula






Dia 05 de Abril de 2016, inauguramos a Fonte Mãe Crioula
Uma homenagem da Família Oliveira Dutra à sua mãe Amélia Oliveira Dutra e por sequência a todas mulheres destes pagos sulinos.
Na cena uma mãe moendo o alimento diário enquanto observa seus filhos brincando em uma nascente. Hoje seria raríssimo essa visão, na época era rotineira na maioria dos lares.
Da terra tiravam o sustento, o alimento era plantado, colhido e transformado. Um ciclo milenar que no decorrer dos anos foi se modificando, mas permanece a essência.
A mãe protetora que foi dona Amélia deixou ensinamentos ainda hoje repassados.
Foto acima, os filhos presentes no momento:
 Samuel, Marlene e Olívio Dutra

O carinho, o cuidado pelo local sagrado do lar é percebido por amigos e até por transeuntes.
Quando transformamos nossa casa em Lar, cada árvore conta muita história; por isso nem os galhos secos por eles são cortados, esperam que caiam para daí sim serem transformados em lenha.
Sinto que em parte é a saudade que faz agirem assim, como querer manter vivos aqueles gigantes que serviam de referência diária... E outro tanto é pelo compromisso de tentar ser igual ao que seus pais foram, repassando essa luz aos seus descendentes.
Mantendo acessa a Chama ou neste caso: 
Mantendo limpa as fontes!







Informações sobre a obra:

Nome Escultura: Fonte Mãe Crioula
Homenagem às mães crioulas do Rio Grande do Sul e mundo. Representa uma cena do cotidiano de antigamente. Uma Mãe moendo no pilão o alimento diário e observando seus filhos brincando numa nascente.

Escultura feita manualmente em concreto armado.
Tamanho: 2 metros de altura(figura central).
Autor: Vinícius Ribeiro escultor.
Inaugurada em 05 de Abril de 2016.
Localização: Residência Família Oliveira Dutra 
São Luiz Gonzaga, Missões, Rio Grande do Sul, Brasil.





Obs: É a segunda Fonte que faço para esse local! Para saber sobre a outra fonte, chamada "Protetora das Águas" clique aqui: 


E aqui um vídeo:














domingo, 7 de fevereiro de 2016

Os VERDADEIROS verdugos de Sepé


Hoje, 260 anos da morte de Sepé Tiaraju!



Em comemoração a esta data reproduzo o seguinte texto que pronunciei no  1ºEMICULT- Encontro Missioneiro de Estudos Interdisciplinares em Cultura – da UNIPAMPA (Universidade Federal do PAMPA) Campus São Borja, que fez arrepiar os historiadores sérios.



Foi um"Golpe de Peito" Um "Peitaço!"
Fui no evento a convite da profª Sônia Bressan Vieira, URI-(Universidade Regional Integrada) Campus São Luiz Gonzaga.




Falei sobre o estilo artístico criado para Exaltar e Reivindicar o Esplendor de Outrora das Missões!









Aproveitei e lancei a "Grande Teoria"!
O motivo verdadeiro da assinatura do Tratado de Madrid que devastou todos as as Missões Orientais Jesuítica/Guarany.


Leia se tiver coragem:
E saiba o que dizer, quando alguém te perguntar na rua: 
"Escuta fulano: Quem matou Sepé??"



"REALISMO MISSIONEIRO"
A Arte produzida hoje nas Missões

Estilo artístico audaciosamente criado para Exaltar e Reivindicar o esplendor da região histórica das Missões, atual Noroeste do Rio Grande do Sul, Brasil.
A formação das reduções Jesuítico/Guarany e seus 30 povos espalhados pelo Paraguai, Argentina e Brasil, constituem uma das experiências sociais mais interessantes da humanidade. 
A união entre a disciplina sábia dos Jesuítas com a mística Busca da Terra sem Males dos Guaranis produziu um resultado fantástico até então não imaginado: O Socialismo Cristão.
A região denominada Sete Povos das Missões, pertencentes ao lado oriental do rio Uruguai, onde hoje se localiza a região Noroeste do Rio Grande do Sul, foi o capítulo mais marcante dessa história.
As Missões do lado de cá do rio Uruguai, as Missões Orientais, foram diferentes das demais...
Devido a sua proximidade com o império português, foi instável e conturbada durante sua existência.
Foi sempre frente de batalha! Ponta de lança afiada!
As constantes defesas diante aos Bandeirantes provocaram mudanças nos habitantes orientais, diferenciando dos Missioneiros do lado ocidental do rio que vivia em paz. 
A sensação de conflito exigia eterna vigília, a tensão forçada diferenciou um dos outros pela dor...
Essa diferença ficou mais evidente com a notícia do absurdo Tratado de Madrid, foi decretado o fim da relativa paz conquistada com o triunfo na batalha de M’Bororé.
A decisão missioneira em confrontar a Comissão Demarcatória (responsável pela demarcação da nova fronteira entre Portugal e Espanha) deu início aos anos tensos e sofridos.
Esse sofrimento, imposto aos habitantes das Missões Orientais foi moldando características próprias transformando religiosos em guerreiros.
Saíram os Missioneiros em defesa não de teorias ou congregações, mas sim dos seus lares. Nesses momentos é que surgem os líderes e conseqüentemente os heróis.
O massacre de Caiboaté, três dias após a morte do líder Sepé Tiaraju, foi mais uma traição; na ilusão de última tentativa de diálogo os Missioneiros foram silenciados pela espada afiada dos exércitos mais poderosos da época, de Portugal e de Espanha.
Morreu Sepé e os demais sem saberem o real motivo do vil Tratado de Madrid!
Foram expulsos todos os Jesuítas também sem saberem; mas com o passar do tempo e da distância foram desconfiando...
Quem era os verdadeiros inimigos? Os portugueses ou os espanhóis? Ou quem mais?
O motivo de tanto sofrimento imposto às Missões era obscuro, hoje é cristalino!
Sua explicação faz-se necessária para compreendermos as conseqüências até hoje da aniquilação absurda do Esplendor das Missões, no seu período de ouro, de prosperidade.
A Grande Traição a qual denomino é referente ao motivo Verdadeiro do Tratado de Madrid.
Um motivo secreto guardado a sete chaves.
A Grande Traição não veio dos reis de Portugal e Espanha e sua “troca de terrenos” (entre Colônia do Sacramento e os Sete Povos das Missões Orientais), mas sim de mãos sinistras por detrás dos anéis dos soberanos, mãos ditas “sagradas” dos co-irmãos dos Jesuítas.
“Irmãos” que temiam não apenas uma nova nação próspera, resultante do êxito das Reduções, mas sim uma Nova Religião Cristã, desvinculada de Roma. Organizada e poderosa!

As Reduções pagaram um preço alto pelo resultado positivo. 
A concretização da “Terra Sem Males” despertou invejas e temores. 
O Triunfo da Humanidade foi massacrado e soterrado.
Entre M’Bororé e Caiboaté muita coisa ficou impregnada nesta terra.
As marcas desta história permanecem até hoje. Interferindo diretamente na formação dos atuais habitantes deste solo.
Em cada pedra, em cada canto, vibra esse “sentir inexplicável”. Não é necessário ser muito sensitivo, nem ter nascido nas Missões para senti-la, é uma característica do local, incorporada e defendida pelos que nela moram.
O Missioneiro tal quais os Florentinos, sente ser herdeiro de algo grandioso e pede com energia para ser ouvido, pois tem muito que falar e sabe que é urgente falar.
É função primordial de qualquer artista traduzir esse “sentir” na forma da sua Arte. Fazendo da Arte uma ponte com o passado e uma janela para o futuro.
Por isso a existência do estilo artístico Realismo Missioneiro e seu lema:
 “Exaltar e Reivindicar o Esplendor das Missões”.
Para rasgarmos o véu de sonolência que nos cobre há anos!

Setembro de 2015
Vinícius Ribeiro escultor.




Comunico que foi inaugurada sexta feira passada(dia 05 de fev 2016) a placa denominando o prédio da Prefeitura de São Luiz Gonzaga de "Paço Sepé Tiaraju"
Veja aqui:
http://www.saoluizgonzaga.rs.gov.br/VisualizaNoticia.aspx?ID=12505
E aqui:


Quer saber mais sobre Sepé?
Clica aqui:
http://viniciusribeiroescultor.blogspot.com.br/2007/09/blog-post_14.html



Abaixo um poema sobre esse tema:

“Muito mais que simples Reduções”                                                                        
Do esplendor, nem ruínas!
Das ruínas, nem pó!
Tudo destruído,
Tudo soterrado,
e muito bem esquecido.
Na grande, rica mesa,
onde assinaram o tratado,
mãos sutis, mentes ardis,
(quase, quase despercebidas)
coordenavam com maestria
as mãozinhas dos soberanos.


Os motivos verdadeiros
como sempre ocultados.
Realeza trocando terreno??
Ciumeira entre os “sagrados”!?

Medo, terror, assombro!
da terra sem males vivenciada
e sua audaciosa “pretensão celeste”
Que lentamente, concorrendo, atormentava!


“Caminhando e compactando!
Bases profundas de algo grandioso

Aos poucos, vamos soterrando... ”

Vinícius Ribeiro
17 de fevereiro de 2007

sábado, 30 de janeiro de 2016

Un Saludo a los Payadores


A difícil arte da Pajada comemora hoje seu dia. 
Em homenagem ao nascimento do seu mestre: Jayme Caetano Braun.

Saber falar de improviso, rimando e acima de tudo opinando...
Isso é para poucos!

Sinto que vão escasseando os pajadores. 
Eles sempre foram em número pequeno. Porém hoje menos.

Os grandes mestres começam falando da vida do campo, das coisas do dia a dia que não conseguimos notar e com eles notamos.
Depois levantam bandeiras, sendo a voz dos excluídos que estavam ao nosso lado sem percebermos.
Mais tarde, quando a idade ilumina mais o entendimento, procuram na filosofia gaudéria, descobrir o sentido da vida e do mundo. 
Passam a ser tochas acessas para todos nós que viemos atrás tropeçando na escuridão.

Precisamos desta Arte!

Hoje mais do que nunca!


Para saber mais sobre a vida do homenageado de hoje:
http://viniciusribeiroescultor.blogspot.com.br/2007/09/blog-post_7622.html