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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Maquete do Tiro de Laço




Diz o sábio que não é prudente falar o que vamos fazer, nem tampouco nos vangloriarmos pelo que fizemos, salvo se formos questionados a falar...
Atendendo ao pedido do Sr. Alceu Adelar Hoffmann, tradicionalista de Caxias do Sul-RS, divulgo aqui a maquete referente à prática do "Tiro de Laço"


De acordo com as informações do Alceu: "O Tiro de laço surgiu na Cidade de Esmeralda RS no dia 14/11/1951, sendo que foi criado por uma dezena de Fazendeiros da região, tendo como idealizador o Senhor Alfredo Jose dos Santos, considerado o pai do Tiro de Laço. 
Tudo começou por uma disputa por um time de futebol da época, o qual fizeram apostas e pediram para que seu Alfredo escutasse no radinho de pilha a dita partida de futebol.
O mesmo se recusou e disse que disputaria num tiro de laço com um novilha xucra saindo de uma mangueira. 
Formaram duas duplas e na data acima fizeram o primeiro o tiro de laço. (Ler mais no Livro Tiro de Laço de Edivar Francisco Appio). 
O  cavaleiro que fara parte do monumento será uma réplica do seu Alfredo".  

O tamanho da escultura será natural e a obra de concreto armado feita manualmente. 
O complicador serão as patas e sua fragilidade devido ao peso. 
Solução será acrescentar vegetação (de concreto) junto a elas. 
Acredito que, caso a obra seja realizada, será impactante.



Das vezes que acompanhei essa prática do tiro de laço que virou esporte tradicionalista, sempre me encantou a atenção do cavalo de saber acompanhar com distância exata o momento de o gaúcho laçar, se a rês é lenta ele diminui a passada, se ela sai em disparada ele chega junto e se o laçador faz sua parte com destreza que é laçar, daí fica um momento mágico de se ver. 
Não há agressão nesse esporte, pois o laço deve acertar as aspas do gado, depois da apresentação o laço é retirado. 
É no pialo(a pé) que acontecem algumas "judiarias", alguns "pranchaços cuiudos", o pialo no dia a dia do homem do campo faz parte, mas para apresentações não fica muito bem(pelo menos pro gado). 
No pealo o gaúcho deve jogar a armada na frente das patas dianteiras da rês e quando na cruzada em disparada as duas estiverem juntinhas dentro da armada é que o vivente puxa o laço, finca o garrão no chão, enquadra o corpo e espera o tirão. 
Isso é mais para terneiro, pois fazer num animal maior é pedir para se desnucar... 
Lembro certa feita quando numa castração de elefante(fazendinha minha na Africa) pialei um que fugia em disparada,  foi lindo de ver, segurei firme, nem perdi minha boina na hora do soco.
Lindo de ver era aquele ricos baguinhos queimando nas brasas...
Nem conto mais porque ninguém vai acreditar mesmo.

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