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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

255 Anos depois










"Sepé Tiaraju
São-luizense e Missioneiro"
Símbolo maior da resistência guarany!
Hoje, data de sua morte, posto um pouco da história desse filho ilustre de São Luiz Gonzaga, héroi para muitos, santo para outros e admirado por todos.
O que nos faz admiradores de Sepé? 
Muitas vezes fiz essa pergunta e acho que a resposta reside no fato dele ter sido uma barreira viva contra os poderosos, o Davi Missioneiro.
Nascido na velha e lendária São Luiz Gonzaga, filho do cacique Tiarajú; órfão aos dez anos(seus pais morreram de escarlatina) foi levado para São Miguel pelo padre Miguel de Souto e especialmente educado(de acordo com a promessa que o padre fizera aos pais de Sepé).
Morreu há 255 anos atras, em 1756, nas margens da sanga da Bica, afluente do rio Vacacaí, nos campos da antiga localidade chamada Batovi(hoje município de São Gabriel, RS), tentando combater o famigerado e obscuro tratado de Madrid; três dias depois ocorreu a chacina de Caiboaté, onde 1.500 guaranis foram aniquilados pelas tropas luso-espanhóis.
Há muita coisa medonha nesse tétrico tratado...
Dia chegará a que, nossos tenazes historiadores, cavando tipo arqueólogos determinados, encontrarão as raízes desse tratado... E com surpresa verão que por detrás das “mãozinhas“ dos soberanos, estavam dedos com anéis sagrados.


Estátua no trevo de acesso a São Luiz Gonzaga:
  
Por saber, segundo alguns historiadores, que o símbolo maior da resistência guarany, havia nascido em São Luiz Gonzaga, era imprescindível utilizarmos essa informação em nosso benefício. Esse foi um dos motivos que levaram-me a confeccionar a estátua. O outro foi constatar que até aquela data, a figura de Sepé divulgada pela imprensa regional e estadual era a da escultura existente na cidade de Santo Angelo, chamada "Família Guarany" do escultor Olindo Donadel.
Após fazer algumas maquetes em 2002, ela foi inaugurada em 19 de abril de 2006, dia do índio.
Precisávamos mostrar ao mundo que esse símbolo universal de resistência era São-luizense.
Hoje quando a mídia cita esse vulto, tornou-se referência divulgarem a estátua do Sepé são-luizense, existente no trevo.
Um artista, como dizia meu saudoso amigo e escultor Valentim Barcelos, é um criador de símbolos. A estátua de Sepé é um símbolo de força e determinação, sendo mais uma das imagens que representam nosso povo.

Em 21 de setembro de 2009, em brilhante iniciativa do dep. Federal Marco Maia(atual Presidente da Câmara Federal), Sepé Tiaraju foi declarado oficialmente como herói nacional, o 11º da história, sendo o primeiro indígena e para nossa alegria: São-luizense, a ser inscrito no Livro dos Heróis da Pátria.
São eles:
1º)Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, o primeiro nome no livro em 21 de abril de 1992 por ocasião do bicentenário de sua execução.
2º)Zumbi dos Palmares, inserido em 21 de março de 1997.
3º)Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, incluído em 15 de novembro de 1997 por ocasião do 108.º aniversário da proclamação da República.
4º) Dom Pedro I do Brasil, incluído em 5 de setembro de 1999 por ocasião do 177.º aniversário da proclamação da Independência.
5º)Marechal Luís Alves de Lima e Silva, duque de Caxias, incluído em 28 de janeiro de 2003.
6º)Coronel José Plácido de Castro, incluído em 17 de novembro de 2004 por ocasião do centenário da celebração do Tratado de Petrópolis.
7º)Almirante Joaquim Marques Lisboa, marquês de Tamandaré, incluído em 13 de dezembro de 2004 por ocasião do 197.º aniversário de seu nascimento, instituído como Dia do Marinheiro.
11º)Sepé Tiaraju, herói guarani missioneiro rio-grandense, incluído em 21 de setembro de 2009

Nessas situações onde o homem se faz guerreiro para defender seu lar, ficam marcas
profundas...
As marcas daquele gesto ficaram vibrando até os nossos dias.
Hoje quem caminha pelo chão das Missões, mesmo sem ser sensitivo, sente essa energia latente na alma da nossa gente.



domingo, 6 de fevereiro de 2011

Na noite escura, o brilho dos olhos...













Somente na segunda feira, dia 31 de Janeiro 2011, foi possível comemorarmos a data em homenagem ao dia do Pajador, que é 30 de janeiro.
Lá fomos, mais uma vez, levar luz ao poeta da escuridão.
De certo momento em diante, nos baseávamos pelo som; de acordo com o timbre de voz sabíamos onde estávamos ou pelos clarões dos flashes, tipo quem corre em temporal no escuro, com a luz dos relâmpagos como guia.

Acompanhe as fotos, aqui ao lado.